Quantas vezes isso não aconteceu com você? Comigo algumas…
Eu muitas vezes penso em desistir. Já cheguei até a pensar em retomar a vida que tinha antes. Esses pensamentos são cíclicos. Eles vêm e vão, enquanto estamos nessa fase de mudança. E eles surgem sempre que não temos os resultados que esperamos: quando eles são aquém do que esperávamos ou quando são nulos, ou até mesmo quando às vezes regredimos.
E quando temos uma mente mais reativa, quer dizer, mais pessimista, menos colaborativa conosco, os pensamentos que vão surgir são os negativos e coisas do tipo: “eu sabia que não devia ter arriscado…”, “Não vai dar certo!”, “Por que eu fui fazer isso?”. E quando as mentalizações se tornam negativas, elas vem como em uma enxurrada. Arrastando tudo. Levando todos os bons pensamentos, as conquistas até o momento, todos os pontos positivos que a situação oferece. Não sobra muita coisa se você não se agarrar em algo. Eu falei um pouco sobre isso em um post anterior: esse aqui. E acho mesmo que as dicas desse post podem ajudar. A nossa mente é o nosso maior amigo e também nosso maior inimigo.
O desânimo nessa situação é para mim uma emoção decorrente de um outro estado do corpo emocional: a ansiedade. Estamos ansiosos para alcançar algo que estabelecemos como um objetivo, nos empenhamos verdadeiramente para isso, fazemos tudo o que está ao nosso alcance, mas mesmo assim não alcançamos os resultados esperados. Permanecemos ansiosos, sem aceitar o que está acontecendo e nos colocando em um estado de frustração, que nos faz muitas vezes desistir.
“A nossa mente é o nosso maior amigo e
também nosso maior inimigo.”
É preciso entender que se estamos nos esforçando e fazendo tudo o que podemos, existem leis naturais que governam tudo e estão acima de nós. Numa situação como essa, é preciso continuar a agir, a fazer o que temos que fazer para alcançar o que queremos, corrigindo comportamentos, desvios, pensando em novas possibilidades e atuando, mas mantendo a consciência tranquila de que estamos fazendo tudo que nos é possível. Autoentrega.
Além disso, muitas vezes é preciso um tempo para tudo começar a acontecer. Um amadurecimento. É como nosso corpo, ele precisa de um tempo para assimilar comportamentos novos para então automatizá-los e começar a trabalhar dessa forma, e só então é que começamos a perceber o resultado. Querer ter resultados rápidos, imediatos é o que nos coloca em stress, causando ansiedade e frustração. Não nos ajudando de nenhuma forma.
Mais uma vez. Autoentrega. Consciência tranquila de que tudo o que pode ser feito está sendo feito. Aceitar os acontecimentos, sem stress e continuando a se esforçar para atingir o que queremos. Se o que você está fazendo agora é o máximo que pode fazer, não adianta ficar pensando em como poderia ser diferente, se você tivesse mais tempo, mais dinheiro, se fosse mais jovem, se tivesse começado antes. Nada disso vai mudar e só vai causar mais ansiedade e insatisfação. Se o problema é tempo e você está dedicando tudo o que você tem, ótimo. Esse é o seu máximo. A partir desse ponto, é ter clareza disso e não se deixar levar pela ansiedade. É saber esperar e muitas vezes aceitar os acontecimentos.
Mas cuidado, porque isso não quer dizer de forma alguma displicência ou falta de empenho. Não confunda. Permaneça presente e agindo. Isso é auto entrega.